Saiba como as empresas justificam o alto preço dos videogames no Brasil
Posted: sábado, 14 de agosto de 2010 by Luis Guilherme inO lançamento do PlayStation 3 no Brasil na quarta-feira (11), quase quatro anos após a chegada do videogame da Sony ao mercado norte-americano e japonês, pode ser comemorado por conta de, finalmente, o país ter a presença oficial dos três consoles da atual geração. Entretanto, o preço do aparelho, R$ 2 mil - nos EUA, o mesmo produto é vendido pelo equivalente a R$ 530 - levanta a velha questão que há anos vive na cabeça dos gamers brasileiros: por que os videogames são tão caros por aqui?
De acordo com a Receita Federal, toda a mercadoria que entra por importação no Brasil deve ser classificada conforme uma nomenclatura universal. Na Norma Comum do Mercosul (NCM), o videogame possui a classificação fiscal de número 9504.10.10, o que permite à Receita calcular o imposto sobre o aparelho.
Com estas tarifas, um produto que custa R$ 100 acabará custando R$ 264, com 164% do seu valor em impostos. De acordo com a Receita Federal, essa série de impostos que são cobrados para trazer produtos importados visa manter uma “competição saudável” entre as mercadorias nacionais e estrangeiras.
Segundo Marcos Khalil, dono da rede de lojas especializadas em games UZ Games, a margem de lucro praticada no Brasil para a venda de consoles varia entre 9% e 11%. "Para o console essa margem sempre foi apertada, mas isso é um padrão mundial", disse. Para jogos, a margem sobe para 27 e 30%. Para fechar o valor do videogame, ainda deve ser levado em conta o valor do dólar na conversão no dia.
As fabricantes de consoles podem subsidiar a venda do aparelho, para lucrar com a venda de jogos. Durante o lançamento oficial do PlayStation 3 no Brasil, Anderson Gracias, gerente da divisão PlayStation no Brasil, afirmou que a Sony está cobrindo parte do custo do aparelho."Os impostos prejudicam o consumidor final, que estará pagando todas essas taxas", diz Marcos Khalil. "O governo já percebeu que isso está errado e existem iniciactivas para mudar essa realidade".
Brincadeira né. Que diabos de concorrência saudável com produtos nacionais? Se tratando de consoles 99,9% é importado, e os unicos que são fabricados no Brasil mesmo são muitíssimo inferiores, vide esses consoles nacionais que ainda rodam games no estilo do NES, 64, Dream Cast e por aí vai.
A real mesmo é a gente pagar 3x e alguma coisa a mais por um produto simplesmente pra bancar as férias em Acapulco e os milhões que esse bando de político corrupto desvia pra contas na suíça e sei-lá-mais-onde!